Manual da Emater-MG orienta sobre os cuidados na pré-colheita do café

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Manual da Emater-MG orienta sobre os cuidados na pré-colheita do café

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Safra começa a ser colhida em maio e deve ser de 27,5 milhões de sacas
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Produtores de café de Minas Gerais se preparam para o início da colheita do café. A partir de maio, as atividades serão intensas no campo. O estado deve colher 27,5 milhões de sacas (60kg), de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo indica que 50% da safra brasileira do café sairá das lavouras mineiras, que ocupam 1,3 milhão de hectares.

A Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) possui o Manual do Café – Colheita e Preparo que orienta o agricultor sobre os cuidados que devem ser tomados, desde a pré-colheita até o beneficiamento do produto. O material está disponível para consulta gratuita neste link.

Nos meses que antecedem a colheita, é fundamental que o produtor faça uma previsão da safra. Desta forma, fica mais fácil fazer um levantamento dos recursos materiais e financeiros necessários. O manual cita, por exemplo, o dimensionamento e revisão da infraestrutura e maquinários para o processamento do café, levantamento da necessidade de mão de obra e o preparo da lavoura para a colheita.

“Esse planejamento inicial é estratégico para uma colheita de sucesso. A colheita não se inicia com a retirada do fruto da planta. Mas nas verificações de equipamentos e terreiros, além do planejamento financeiro, pois é uma fase de grande gasto”, afirma o coordenador técnico de Cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussú.

Uma atividade fundamental antes da colheita é a arruação. Ela consiste na limpeza da área próxima ou sob a saia do cafeeiro. Para isso, o produtor pode usar um rastelo ou rodo de madeira, além de sopradores mecânicos. É importante não tirar o excesso de terra para não danificar as raízes do cafeeiro.

Outro procedimento recomendado pela Emater-MG na pré-colheita do café é a inspeção de instalações que serão usadas em todo o processo, até o beneficiamento. As tulhas, por exemplo, não devem ser usadas na armazenagem de outro produto agrícola ou insumo, pois o café absorve outros odores com muita facilidade.

O terreiro, que ao longo do ano serviu para tantas outras finalidades, deve, nesta época, servir exclusivamente para secagem, para evitar a contaminação do café. Ele deve ser bem varrido, lavado, desinfetado e cercado (se houver necessidade). Periodicamente, o terreiro deve passar por uma reforma para eliminar gretas e rachaduras. Isso evita a retenção de grãos que se deterioram ao permanecerem ali retidos, com riscos de contaminar o café. De acordo com a equipe técnica da Emater-MG que elaborou a cartilha, uma boa alternativa para a restauração do terreiro é o uso da mistura de cal de reboco, areia fina e cimento.

No manual da Emater-MG, o cafeicultor também encontra informações sobre o ponto ideal de maturação do café para iniciar a colheita. Quanto maior for o percentual de frutos cereja, melhor. A grande quantidade de grãos verdes vai gerar perdas de qualidade, comprometendo o sabor e aroma. Já grãos secos são mais sujeitos à ação de micro-organismos, que podem causar fermentação indesejada. O material técnico orienta o produtor sobre o cálculo que deve ser feito para verificar o momento certo de começar a colher, levando em consideração o percentual de cada tipo de grão presente na lavoura.

A colheita

O Manual do Café – Colheita e Preparo também apresenta uma série de informações sobre os tipos de colheita (manual ou mecânica), recomendações para melhor desempenho das colhedoras, limpeza, transporte, métodos de secagem, armazenamento, beneficiamento, entre outras.

 

 

Marcelo Varella - Ascom/Emater-MG

Foto: Arquivo pessoal/Marcos da Silva

  

 

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