Ações da Emater–MG contribuem para impulsionar e fortalecer agroindústria familiar de Pirapora, no Norte de Minas

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Ações da Emater–MG contribuem para impulsionar e fortalecer agroindústria familiar de Pirapora, no Norte de Minas

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Empresa mobilizou produtoras e orientou sobre legislação e boas práticas de fabricação
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Para conquistar mercado, não basta apenas um produto saboroso. É preciso também organização e atenção às boas práticas de fabricação e à legislação do segmento. Em Pirapora, no Norte de Minas, mais de 20 produtoras contaram com a Emater–MG para regularizar suas agroindústrias familiares, produzir produtos de qualidade e acessar o crédito rural.

No município, havia diversas agroindústrias familiares instaladas. Porém, apenas uma voltada à produção de quitandas era regularizada pela Vigilância Sanitária Municipal (Visa). “Esta realidade excluía os agricultores das oportunidades de comercialização nos mercados institucionais e no mercado formal em geral”, diz a extensionista da Emater-MG, Fabiane Pereira Pinheiro.

Atuação da Emater–MG

Atenta a esse problema, a empresa, que é vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), desenvolveu ações para o fortalecimento da agroindústria familiar em Pirapora.

“Nossa ênfase foi na melhoria da qualidade dos produtos, na regularização sanitária e no acesso ao mercado, tendo como perspectiva o empoderamento da mulher do campo e o desenvolvimento econômico e social da agricultura familiar”, afirma Fabiane Pinheiro.

Os extensionistas da empresa se reuniram com produtoras das comunidades Paco Paco, Aarão Reis e Baruzeiro, que se interessaram pela proposta de adequação das agroindústrias. A Emater–MG providenciou estudos de caso para cada agroindústria para analisar as oportunidades de mercado, os desafios e as potencialidades que cada uma teria para atender legislações específicas.

“Esta metodologia possibilitou que os produtores desenvolvessem os negócios passo a passo, com cautela, sem endividamento, e, assim, conseguiram fazer as melhorias necessárias no estabelecimento e cumprir os prazos determinados pelos órgãos de inspeção”, relata a técnica da Emater–MG.

A entidade também capacitou as produtoras em boas práticas de fabricação, orientou sobre informações nutricionais, rotulagem dos produtos e elaboração e aprimoramento de receitas. Além disso, os grupos atendidos receberam manuais e plantas baixas para a adequação das estruturas físicas dos estabelecimentos.

As obras foram possíveis com recursos do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para ter acesso ao crédito, as produtoras contaram com a Emater–MG. A Empresa é uma das entidades responsáveis pela emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e responsável por elaborar projeto técnico necessário para a liberação dos recursos.

Somando Forças

O trabalho foi feito em parceria com as produtoras, Prefeitura de Pirapora, Visa, Instituto Mineiro de Agropecuária, Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Somando esforços, foi possível sensibilizar todos da necessidade de estruturação, legalização e incentivo à produção agroindustrial do município. Outra parceria importante foi com o Serviço de Água e Esgoto, com orientações sobre saneamento ambiental para manter a qualidade da água de cada estabelecimento.

Conquistas

O trabalho em conjunto com as produtoras e a prefeitura resultou em importantes conquistas. O município de Pirapora passou a contar com 10 agroindústrias familiares regularizadas pela Visa: seis produzindo quitandas, uma de rapadura, uma de doces de frutas e duas de temperos e condimentos. Já pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), uma agroindústria de polpa de frutas foi legalizada. E tem mais: duas agroindústrias, uma de ovos e outra de frutas desidratadas, estão em processo de regularização.

Os produtos são comercializados em Pirapora e municípios vizinhos, em feiras livres e, principalmente, para escolas municipais e estaduais, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). São 28 famílias envolvidas na produção agroindustrial.

Há 3 anos, Maria Creuza Martins Alves implantou sua própria agroindústria familiar, no assentamento Paco Paco. Ela trabalha com a filha e o marido na produção de bolos, pães e biscoitos. Entre os produtos de destaque, estão os biscoitos tipo quebra-quebra e o pão de mandioca com cebola. “Eu comecei com um grupo de mulheres, que recebia toda a orientação da Emater. Depois decide montar a minha própria agroindústria e continuei contanto com a Empresa”, disse a produtora.

Com recursos próprios, a família montou a agroindústria Sabor da Roça da Vovó Rosinha. Segundo Maria Alves, o estabelecimento foi construído de acordo com todas as exigências da legislação. Para isso, ela contou com o trabalho dos extensionistas da Emater–MG. “Você fica mais tranquilo. Você não tem medo ser barrado com o seu produto. Isso facilita a entrada em qualquer mercado”, conta a Maria Alves.

Prova disso é que a produtora comercializa produtos para a merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). São mais de 10 escolas atendidas em três municípios. “A Emater orienta os produtores na legalização sanitária das agroindústrias, implantação e implementação das boas práticas de fabricação, visando a oferta de alimento seguro à população”, disse a coordenadora técnica estadual de Agroindústria da Emater–MG, Thais Brumano Kalil. Ela ainda ressalta que a legalização das agroindústrias é importante para que produtores e produtoras possam ampliar “as possibilidades de comercialização, aumentando a renda das famílias”.

 

Jornalista: Sebastião Avelar - Ascom / Emater-MG

Fotos: Arquivo da família

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