Empresários japoneses apresentam tecnologias para o agronegócio em encontro no BDMG

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Empresários japoneses apresentam tecnologias para o agronegócio em encontro no BDMG

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Comitiva formada por 13 empresas ainda visitará propriedades rurais do estado, antes de voltar ao Japão
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Empresários japoneses e mineiros participaram, na manhã desta quarta-feira (12/2), do seminário que integra a programação comemorativa dos 60 anos de cooperação da Japan International Cooperation Agency (JICA) no Brasil.

O evento foi realizado no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em Belo Horizonte, que ficou completamente lotado. O encontro contou com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) e Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (INDI).

Na ocasião, o cônsul-geral do Japão no Rio de Janeiro, Tetsuya Otsuru, destacou a importância da passagem da comitiva por Minas Gerais e a rica oportunidade de contribuição mútua. “Os mineiros são reconhecidamente calorosos, hospitaleiros e honestos. Eu gostaria que as empresas japonesas tivessem a oportunidade de realizar negócios concretos com eles, numa relação ganha-ganha, que seja benéfica para ambos os lados”, afirmou.
Os 13 empresários vindos do país asiático também tiveram a oportunidade de demonstrar seus produtos e serviços que, em grande parte, estão focados no agronegócio.

Dentre as várias tecnologias apresentadas, há equipamentos para o uso de energia solar na agricultura, filmes de hidrogel para economia de água nas plantações e a utilização de fertilizante líquido para melhoramento do solo nos cultivos.

“Temos condição de fazer a validação de vários desses produtos que os empresários japoneses apresentaram, mostrando como eles vão se comportar no mercado brasileiro”, explica a chefe do Departamento de Pesquisa da Epamig, Beatriz Cordenonsi Lopes. “Temos, por exemplo, tecnologias para economia de água nos sistemas de produção e eles apresentaram uma lâmina plástica que tem a mesma proposta”, acrescenta.

Expectativas

Na avaliação do presidente da Emater-MG, Gustavo Laterza, o primeiro contato com as empresas japonesas cria boas expectativas para o meio rural. “Das informações colhidas aqui, vamos verificar as oportunidades que podem trazer ganhos para o estado. O trabalho de irrigação e de energia solar apresentados, por exemplo, são muito interessantes”, avalia.

Para o gerente de Comunicação Social e Institucional no INDI, Carlos Augusto Romualdo, o balanço também é positivo. “Houve muito interesse das empresas mineiras em conversar com os japoneses. Percebemos que há uma grande sinergia com o que Minas busca. Esperamos, verdadeiramente, que novos negócios surjam desse encontro”, afirma.

Potencial

Com mais de 2,5 milhões de pessoas ocupadas em atividades ligadas ao agronegócio e cerca de 607 mil estabelecimentos rurais cadastrados, Minas pode se transformar em um grande celeiro de parcerias com empresas japonesas.

Fiscal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e ex-bolsista da JICA, a engenheira agrônoma Paula Braga Batista afirma que a comitiva japonesa terá, ainda, a oportunidade de conhecer uma das fazendas que têm certificação para produzir hortaliças orgânicas.

“Esperamos que eles possam conhecer mais sobre esse segmento de mercado que está crescendo muito e fazer parcerias futuras que contribuam para melhorar a qualidade dos nossos produtos e processos produtivos”, diz.

A secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini, relembra que a relação com o país não é nova. Ela destaca que a parceria com o governo japonês foi primordial para o desenvolvimento da agricultura no cerrado e contribuiu para que Minas se tornasse referência na produção de grãos.

“Temos, agora, uma nova janela de oportunidades para a fruticultura. Com as novas técnicas de irrigação e manejo, o semiárido, que era um local pouco produtivo, já pode ser aproveitado. Estamos muito animados, já que a agricultura em Minas é a mais diversificada do país”, explica.

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